O que explica a volatilidade do bitcoin

A volatilidade do bitcoin afasta alguns investidores, mas aproxima outros. Entenda a razão e como ela acontece

Volatilidade: afinal, por que ela é tão grande nas criptomoedas? Essa é uma dúvida que muitos ainda buscam responder, mas não sabem o motivo.

De fato: tanto o bitcoin quanto outras criptomoedas são muito mais voláteis do que os ativos do mercado tradicional, como ações e fundos imobiliários. Mas isso pode ser uma oportunidade.

No artigo abaixo, você vai entender tudo sobre o funcionamento da volatilidade do bitcoin e os motivos para isso acontecer.

Qual é a volatilidade do Bitcoin?

Em primeiro lugar, é importante entender o conceito de volatilidade: um ativo financeiro volátil significa que ele varia de preço de forma considerável, falando de forma prática.

Por exemplo: se um ativo tem a cotação máxima anual de R$50 e mínima de R$48, sua volatilidade é baixa. Entretanto, se a máxima anual é de R$50 e a mínima, R$20, então ela é alta.

E, de fato, a volatilidade do bitcoin é muito mais alta do que é comum observar nos mercados tradicionais: basta verificar a evolução do preço ao longo dos anos, com máximas e mínimas anuais com grandes variações.

Existem várias metodologias para medir a volatilidade de um ativo, mas uma das mais conhecidas é a do desvio padrão. Segundo essa métrica, a volatilidade do Bitcoin está em cerca de 55%.

Ao longo dos anos, o Bitcoin tem diminuído sua volatilidade: em 2014, ela era de 160%. Já em 2018, foi para 90%. Hoje, ela está em 55% e só tende a diminuir conforme o mercado for incorporando esse ativo no ecossistema financeiro.

Volatilidade: Bitcoin x Ações

Uma vez que a volatilidade anual do Bitcoin está em 55% atualmente, é possível chegar à conclusão de que esse valor é muito mais alto do que mercados mais tradicionais.

Por exemplo: o índice Ibovespa, benchmark do mercado de ações brasileiro, possui volatilidade anual de 21%. Já a volatilidade histórica do S&P 500, benchmark das ações nos EUA (mercado mais desenvolvido) está na casa dos 15%.

Entretanto, ao comparar o bitcoin com algumas ações de tecnologia, é interessante notar que o segundo grupo também se comporta de maneira volátil: Facebook, Tesla, Netflix, Uber e muitas outras possuem volatilidades parecidas.

No entanto, não acusam essas empresas de serem pirâmides ou ativos meramente especulativos. Pelo contrário: investidores de todo o mundo reconhecem essas empresas como importantes para a economia. Por isso, fica claro que a volatilidade não é um problema em si.

Por que o Bitcoin é volátil?

A volatilidade do Bitcoin acontece porque essa é uma tecnologia relativamente nova, tendo sido criada apenas em 2009. Isso faz com que o mercado não dê tanta atenção ao ativo e, consequentemente, que ele seja precificado com menos eficiência.

Além disso, como quantias menores de dinheiro são necessárias para movimentar o mercado de forma brusca, alguns especuladores com muito capital usam isso a seu favor para distorcer preços no curto prazo.

E, por fim, os investidores ainda não acreditam totalmente na tecnologia. Por isso, qualquer notícia negativa já é capaz de colocar o mercado para baixo, pois as pessoas preferem vender seus BTC quando veem um cenário de incerteza.

Entretanto, com o desenvolvimento da tecnologia, é natural que essa volatilidade diminua e que o mercado olhe com mais atenção para os criptoativos.

Volatilidade: uma oportunidade de investimento

Por fim, é importante ressaltar que a volatilidade em si não é algo negativo: ela representa, na verdade, uma oportunidade de comprar um ativo financeiro de qualidade por um preço mais atrativo.

Nesse sentido, aqueles que compram bitcoin quando o mercado está em baixa conseguem maiores quantidades desse ativo por um valor menor, o que pode beneficiar a acumulação de patrimônio para o longo prazo.

O retorno anualizado do bitcoin é superior aos 200%, mostrando como adquirir esse ativo pode ajudar na multiplicação de capital. Por isso, pode ser interessante ao investidor a compra de cripto nos momentos de baixa.

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